quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Seniores : Santo António, 2 - Carcavelos, 7

Campo nº 2 do Estádio da Tapadinha, 13 de Novembro de 2011, 15:00 horas.
10ª Jornada do Campeonato Distrital da 1ª Divisão série 2, 2011/2012.
Sob a arbitragem de David Duarte, as equipas alinharam:

Santo António: 1- Joel (12- Jairo, aos 71'); 2- Ninó, 20- Ricardo (14- Cacais, ao intervalo), 4- Mauro e 5- Didi (16- Higuita, ao intervalo); 6- Edmilson (18- Paulo, ao intervalo), 7- Chica (17- Daniel, aos 71'), 8- Vasco e 9- Filipe Monteiro; 10- Nélson "cap." e 11- Tiano.
Treinador: Armando (por castigo de Tiago Correia).


Carcavelos: 1- João Regino; 6- Henrique Vieira, 8- Ricardo Sardinha "cap.", 9- Rui Caleir (20- Carlos Santos, aos 65') e 11- André Miranda (7- João Silva "Rato", aos 76'); 14- Miguel Paraíso, 15- Gonçalo Pizarro, 16- Artur e 18- Marcelo Cunha (10- Hernâni Silva, aos 76'); 19- Kiko Santos e 22- Iuri Rodrigues.
Treinador: João Faustino.

Golos: 0-1, Kiko Santos (8'); 0-2, Ricardo Sardinha (9'); 0-3, André Miranda (25'); 1-3, Vasco (54'); 1-4, Iuri Rodrigues (58'); 1-5, Ricardo Sardinha (83'); 1-6, Iuri Rodrigues (88'); 1-7, Ricardo Sardinha (90+1', g.p,); 2-7, Higuita (90+2').
Acções disciplinares: amarelos para Vasco, Mauro, Higuita e Tiano (Santo António); Marcelo Cunha e Miguel Paraíso (Carcavelos). Vermelho directo para Vasco, aos 90+3' (Santo António).

Aos amigos de Alcântara, recomendo que talvez seja melhor passar à frente e não ler o resto do artigo. Isto é futebol amador, não queremos ninguém chateado! Agora, o resumo do jogo é simples: descalabro total do Santo António, sem apelo nem agravo, perante um adversário que justificou inteiramente o resultado. A arbitragem não teve a mínima influência nisto.
Desta vez, o Santo António apresentou-se mais equilibrado, comparativamente ao que tinha feito em Agualva, em termos de um 4x4x2 clássico... Centrais Ricardo e Mauro, ladeados por Ninó (direita) e Didi (esquerda). Edmilson era o médio mais recuado, assegurando Nélson a ligação com o ataque. Em termos de alas, dinâmicos, havia Vasco e Chica. Tiano era a referência no ataque, assistido por Filipe Monteiro. Se compararmos este onze com o anterior, nota-se que algumas diferenças terão sido impostas pelos diferentes esquemas tácticos apresentados. Objectivamente: saíram Nuno, Pedro Gonçalves, Paulo e Daniel, dando lugar a Ricardo, Edmilson, Chica e Filipe Monteiro.
O Carcavelos terá apostado em algo semelhante... Centrais Gonçalo Pizarro e Henrique Vieira, ladeados por Kiko Santos (direita) e Artur (esquerda). Miguel Paraíso e Marcelo Cunha eram médios, assumindo André Miranda um papel bem ofensivo, de apoio ao ponta-de-lança. Este respondia pelo nome de Ricardo Sardinha, tendo ainda a ajudá-lo os extremos Iuri Rodrigues (direita) e Rui Caleir (esquerda).
Entrada fulgurante do Santo António, galvanizado por Vasco, em excelente momento de forma, até sofrer o primeiro golo, apontado por Kiko Santos na sequência de um livre! Menos de um minuto depois e já a contagem subia a 0-2, através de um lançamento de linha lateral em que Ricardo Sardinha, apesar de pressionado, logrou fazer a rotação e rematar à baliza... Conhecemos pelo menos um treinador de juniores que ficaria furioso se a sua equipa sofresse um golo assim. Aliás, a palavra "juniores" é bem introduzida, porque se aplica aos dois lados, Carcavelos inclusivé, estes pela alegria descomprometida pela qual se lançaram ao ataque, como se não houvesse amanhã. Aos onze minutos já podia ir nos três, mas Iuri Rodrigues cabeceou mal, num canto em que... Quem é que o marcava? Pois.
Azar para o Santo António aos 18 minutos, altura em que foi assinalada grande penalidade por falta sobre Tiano. Chamado a converter, Nélson rematou com má direcção... Por momentos a "traquinice" atacante do Carcavelos foi contida, mas não tardou a regressar, de forma alucinante. Iuri Rodrigues falhou o alvo por pouco e Joel defendeu remates consecutivos até André Miranda orientar o esférico para o fundo das redes, isto aos 25 minutos. Parece impossível, mas o facto é que o guardião alcantarense foi dos melhores, senão o melhor, elemento em campo, com defesas a remates de Miguel Paraíso (28'), Marcelo Cunha (32' e 38'), Henrique Vieira (42') e Ricardo Sardinha (44'). Aliás, este último, um cabeceamento à entrada da pequena área, é daqueles lances em que das duas uma, à escolha: ou se se pergunta ao Ricardo Sardinha como ele falhou aquilo, ou ao Joel como conseguiu defender!
É verdade, de permeio enviou Nélson uma bola à barra, num dos seus potentosos remates, de livre. Todavia, nem nisso o Santo António levou vantagem, porque Marcelo Cunha devolveu-a, também de livre, em cima do intervalo.
Tiago Correia mexeu então na equipa, fazendo entrar para o segundo tempo, e de uma assentada, Cacais (um regresso que se saúda, após prolongada lesão), Higuita e Paulo. Em termos ofensivos, notou-se a presença deste último à rectaguarda dos avançados. Uma vez mais, o Santo António entrou melhor que o adversário e logrou reduzir por Vasco.
Ao longo de toda a partida Rui Caleir foi um elemento sempre em destaque no Carcavelos e, no momento em que a turma da casa ameaçava regressar ao jogo, foi fundamental pela forma como assistiu Iuri Rodrigues, que facturou o 1-4, quatro minutos depois. O Santo António parecia aturdido e preso de movimentos: por exemplo, notámos Paulo no ataque, pressionado, a querer passar e sem ter ninguém em posição!
Aos 65 minutos o treinador João Faustino decidiu tirar Rui Caleir, substituindo-o por Carlos Santos, que veio reforçar o meio-campo, ganhando em contrapartida Marcelo Cunha mais amplitude de movimentos no corredor esquerdo. Deixamos a frase anterior como está, mas não percebemos a motivação subjacente. O Santo António assumiu as despesas do jogo e por mais de uma vez esteve à beira de reduzir, por Chica (66'), Nélson (71' e 77') e Paulo (76'): sempre de meia-distância, porque não era nada fácil entrar por aquela defesa dentro! O facto é que não conseguiu marcar. Já sem fé, nos minutos finais, numa altura em que Joel, por lesão, tinha cedido o seu lugar a Jairo, este sofreu de rajada três golos mais, um dos quais de grande penalidade. Higuita ainda reduziu, por brio individual... Enquanto Vasco, que ao longo de todo o jogo foi sempre um alcantarense em destaque pelos melhores motivos, desconcentrou-se e acabou por ser expulso.

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